sábado, 29 de abril de 2023

 

A I.A. E A GUERRA DOS NAVEGADORES

 

Tudo começou no grupo de nossas reuniões virtuais quando comentamos algo sobre
Inteligência Artificial. O desenvolvimento dessa área de estudo começou logo após a Segunda Guerra Mundial, com um artigo do matemático inglês Alan Touring, falecido em 1954. O nome “Inteligência Artificial” foi cunhado dois anos após. Mas o que é exatamente Inteligência Artificial?

Bem, nada é “exatamente”, mas entre tantas outras, a melhor definição que eu encontrei foi a seguinte: “A Inteligência Artificial (IA) é o estudo de como fazer os computadores realizarem
tarefas para as quais, no momento, as pessoas ainda são melhores.”

O que já se sabe é que o assunto já estava na agenda da informática em meados do século XX, ganhou força e popularidade depois do início da Internet nos anos 90, e disparou próximo da virada para o XXI quando a Google lançou seu mecanismo de pesquisa prometendo atropelar as tentativas de outras empresas do ramo, inclusive da Microsoft que já tinha seu buscador, o Altavista.

Hoje a Google tem a plataforma de acesso a dados mais poderosa que já existiu e, no seu encalço está a Bing da Microsoft, que não se conforma com a perda de protagonismo, nem de seu buscador e nem de seu navegador, o Edge, uma vez que o Chrome, da Google, é de longe o preferido. No Brasil sua utilização supera os 90% dos usuários de computador, embora não seja bem assim em outros países.

Isso sem falar da China, onde o rei da busca é o Baidu, e a dupla Bing e Google se arrasta perto dos 5%. O Bing tem maior relevância nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, mas mesmo em solo norte-americano sua participação não chega aos 10%.

A Microsoft, sendo campeã na preferência de seu sistema operacional Windows, em comparação ao macOS da Apple, faz de tudo para que os usuários do Windows coloquem o Edge como seu navegador principal, até agora sem muito sucesso. Entretanto, atualmente, manter o Chrome como navegador preferido pode até ser um problema para os menos atentos, tal o assédio da MS.     

Hoje ao ligar meu notebook, antes mesmo de digitar o Pin de acesso ao Windows, reparo na nova e bela tela de fundo um discreto e convidativo link para “saber mais sobre o tema”, que eu, dessa vez aceitei. Veio então um Bing de roupa nova, informando sobre suas maravilhas, incluindo a expressão “O Bing é alimentado por IA...” e blá, blá, blá. Isso porque é sobre Inteligência Artificial que todos querem saber mais.

Vamos lembrar que no apagar das luzes do sec. XX, a MS entrou de salto alto, achando que a seria a dona da Internet e Bill Gates perdeu de goleada para a time da Google. Hoje, seus sucessores inconformados, querem virar o jogo ainda nesse segundo decênio do tumultuado XXI. Quem viver verá.