A I.A. E
A GUERRA DOS NAVEGADORES
O que já se sabe é que o assunto já estava na agenda da
informática em meados do século XX, ganhou força e popularidade depois do
início da Internet nos anos 90, e disparou próximo da virada para o XXI quando
a Google lançou seu mecanismo de pesquisa prometendo atropelar as tentativas de
outras empresas do ramo, inclusive da Microsoft que já tinha seu buscador, o Altavista.
Hoje a Google tem a plataforma de acesso a dados mais
poderosa que já existiu e, no seu encalço está a Bing da Microsoft, que não se
conforma com a perda de protagonismo, nem de seu buscador e nem de seu
navegador, o Edge, uma vez que o Chrome, da Google, é de longe o preferido. No
Brasil sua utilização supera os 90% dos usuários de computador, embora não seja
bem assim em outros países.
Isso sem falar da China, onde o rei da busca é o Baidu, e a
dupla Bing e Google se arrasta perto dos 5%. O Bing tem maior relevância nos
Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, mas mesmo em solo norte-americano sua
participação não chega aos 10%.
A Microsoft, sendo campeã na preferência de seu sistema
operacional Windows, em comparação ao macOS da Apple, faz de tudo para que os
usuários do Windows coloquem o Edge como seu navegador principal, até agora sem
muito sucesso. Entretanto, atualmente, manter o Chrome como navegador preferido
pode até ser um problema para os menos atentos, tal o assédio da MS.
Hoje ao ligar meu notebook, antes mesmo de digitar o Pin de acesso
ao Windows, reparo na nova e bela tela de fundo um discreto e convidativo link para
“saber mais sobre o tema”, que eu, dessa vez aceitei. Veio então um Bing de roupa
nova, informando sobre suas maravilhas, incluindo a expressão “O Bing é
alimentado por IA...” e blá, blá, blá. Isso porque é sobre Inteligência
Artificial que todos querem saber mais.
Vamos lembrar que no apagar das luzes do sec. XX, a MS
entrou de salto alto, achando que a seria a dona da Internet e Bill Gates perdeu
de goleada para a time da Google. Hoje, seus sucessores inconformados, querem
virar o jogo ainda nesse segundo decênio do tumultuado XXI. Quem viver verá.