OS JOGOS DA VIDA
A ORIGEM
Foi num voo que iria me levar de volta para casa e que decolou de Belo Horizonte, local para onde deveria ter ido encontrar algum cliente, não me lembro quem, afinal, tenha paciência... isso faz mais de meio século! Porém, do que relato a seguir, jamais me esquecerei.
A decolagem já estava atrasada devido a condições atmosféricas adversas quando tivemos notícia de que esse atraso iria se prolongar por mais uma ou duas horas. Tempo ruim também em BH, não havia muito o que fazer a não ser dar mais uma xeretada na banca de revistas em busca de qualquer leitura que me distraísse durante o elástico tempo de espera anunciado (porque acaba sempre sendo maior).
Antes de prosseguir com a história, quero conversar aqui sobre uma questão que sempre me persegue. Conversar? Sim, é possível conversar com alguém ausente através da técnica da “cadeira vazia”. É como o jogador de xadrez que joga com ele mesmo, colocando-se cada vez de um lado do tabuleiro e raciocinando como se fosse o dono do lugar.
É o seguinte: você já observou como diferenças, às vezes insignificantes, podem determinar alterações dramáticas no nosso futuro? Certamente que sim, mas logo esqueceu o assunto, não foi? Afinal, é vida que segue. Costumamos dizer que se o VAR não tivesse validado aquele primeiro gol do nosso adversário, o resultado teria sido nossa vitória, porque nosso time do coração acabou fazendo um gol no final do segundo tempo. Alguns poderão concordar com esse raciocínio, mas outros dirão que não, afinal se o primeiro gol fosse validado, o jogo seria completamente outro – no que estarão cobertos de razão. Então espero estejamos de acordo com o fato de que, até as micro-decisões que tomamos a cada momento acabam sendo cruciais para o que vai suceder mais adiante.
Retomando a história, minha micro-decisão de comprar um livro naquele momento ocioso, não deveria fazer diferença alguma, não iria mudar o andar da carruagem (no caso a rota da aeronave), o humor do piloto ou das nuvens negras e, muito menos, o desenrolar dos acontecimentos na minha vida. Mas não é assim que o universo funciona.
Eu comprei um livro porque o título me chamou atenção: Os Jogos da Vida. Fiquei sabendo que foi escrito por um médico psiquiatra norte-americano nascido em Montreal, Canadá, chamado Eric Lennhard Bernstein e conhecido como Eric Berne (1910 – 1970).
Comecei a ler numa cadeira de aeroporto, continuei a leitura atenta durante o voo e fui acabar de ler na cama, em casa. O livro explicava coisas que entendi como dificuldades que enfrentamos no dia a dia e possibilidades de melhor lidar com elas, tudo com uma linguagem bastante lógica de fácil compreensão.
Como na época ainda não tínhamos googles, youtubes nem redes sociais, fiquei aguardando alguma oportunidade para saber mais sob aquela linha de pensamento tão clara e objetiva. E levou anos para que isso acontecesse.
O ACHADO
Passou o tempo e a empresa da qual eu e meus dois sócios éramos também diretores cresceu e se transformou em Sociedade Anônima com a inclusão societária, porém minoritária de uma entidade que promovia desenvolvimento empresarial. Fui o indicado para participar de um seminário de fim de semana promovido pela tal entidade. E qual não foi minha surpresa quando vi que o programa incluía um dia de trabalho sobre a teoria e as técnicas desenvolvidas pelo autor daquele livro: o Eric Berne.
Participei ativamente daquele evento e fiquei sabendo que o autor, que falecera alguns anos atrás, contava com dedicado grupo de trabalho que levou adiante, aperfeiçoou e acrescentou novos instrumentos às práticas concebidas e já aplicadas com sucesso, as quais se organizavam sob o título de Análise Transacional (AT).
A piada óbvia de uma das palestrantes era de que o tema ministrado tratava da maneira como as pessoas transacionam e não de como elas transam... Ao final do evento, procurei-a, também e obviamente para transacionar, na busca de mais informações, de saber quem eram e onde estavam os profissionais locais da AT, como fazer contato, como aprender com eles e tudo o mais. Tivemos um bom tempo para isso voltando no mesmo voo.
Claro, um caso particular não comprova minha tese inicial, mas para mim, o atraso de um voo, que causou a compra e leitura do livro, que causou o interesse num evento, que me levou a um evento, depois a uma terapia, à formação em A.T. e a uma nova prática profissional, foi o bastante para mudar minha vida e encarar seus bons e maus momentos.
E, o mais importante, aprendi a ser grato até a um mau tempo!
INFORMAÇÕES SOBRE ANÁLISE TRANSACIONAL A QUEM INTERESSAR POSSA.
No Brasil contamos com UNAT (União Nacional de A. T.), com a ALAT (Associação Latino-americana de A.T.) entidades divulgadoras e certificadoras de profissionais da área. A formação em A.T. se inicia por um curso básico chamado 101, aberto a todos os interessados. O curso 202 tem um ano de duração e prepara profissionais de medicina, psicologia e pedagogia para os campos clínicos e educacionais. Mas a A.T. se aplica também ao estudo dos grupos e organizações e para tal conta com uma especialização que atende a profissionais nas áreas da administração e negócios, gerência empresarial e formação de líderes. Existe vasta bibliografia sobre Análise Transacional e também há grupos praticantes tanto no Brasil como na Argentina, Chile, Peru.
No meu caso, fiz o curso 101 e quem o ministrou foi o Beto, com quem não faço contato há muitos anos, mas a quem considero um grande amigo - Dr. Roberto Tadeu Shinyashiki, médico psiquiatra, palestrante e empresário.
Em seguida fiz também terapia e com ele mesmo cursei e concluí o 202, recebendo meu título de membro regular da UNAT e ALAT para a área organizacional em 1983. Frequentei todos os congressos anuais de 1981 a 1995 e conheci inúmeros brasileiros, norte e latino americanos que trabalhavam com a Análise Transacional. Atendi mais de uma centena de empresas no Brasil, Argentina, Costa Rica e fui muitas vezes ao Peru onde também tive ótimos clientes e participei de eventos como palestrante convidado. Atuava na condução de cursos e seminários, diretamente ou em parceria com organizações promotoras de eventos. Tive alguns ótimos parceiros que dividiam a carga comigo ou a complementavam com suas especializações na área da psicologia.
INFORMAÇÕES SOBRE ANÁLISE TRANSACIONAL A QUEM INTERESSAR POSSA.
No Brasil contamos com UNAT (União Nacional de A. T.), com a ALAT (Associação Latino-americana de A.T.) entidades divulgadoras e certificadoras de profissionais da área. A formação em A.T. se inicia por um curso básico chamado 101, aberto a todos os interessados. O curso 202 tem um ano de duração e prepara profissionais de medicina, psicologia e pedagogia para os campos clínicos e educacionais. Mas a A.T. se aplica também ao estudo dos grupos e organizações e para tal conta com uma especialização que atende a profissionais nas áreas da administração e negócios, gerência empresarial e formação de líderes. Existe vasta bibliografia sobre Análise Transacional e também há grupos praticantes tanto no Brasil como na Argentina, Chile, Peru.
No meu caso, fiz o curso 101 e quem o ministrou foi o Beto, com quem não faço contato há muitos anos, mas a quem considero um grande amigo - Dr. Roberto Tadeu Shinyashiki, médico psiquiatra, palestrante e empresário.
Em seguida fiz também terapia e com ele mesmo cursei e concluí o 202, recebendo meu título de membro regular da UNAT e ALAT para a área organizacional em 1983. Frequentei todos os congressos anuais de 1981 a 1995 e conheci inúmeros brasileiros, norte e latino americanos que trabalhavam com a Análise Transacional. Atendi mais de uma centena de empresas no Brasil, Argentina, Costa Rica e fui muitas vezes ao Peru onde também tive ótimos clientes e participei de eventos como palestrante convidado. Atuava na condução de cursos e seminários, diretamente ou em parceria com organizações promotoras de eventos. Tive alguns ótimos parceiros que dividiam a carga comigo ou a complementavam com suas especializações na área da psicologia.